28 de setembro de 2011

Laboratório e Estufa do Projeto
“SOS Eco” são inaugurados



“Sorocaba tem sido um exemplo ambiental, tanto na realização de plantios, quanto na produção de mudas. E essa parceria com a SOS só vem somar para a cidade e para a qualidade de vida dos sorocabanos”, destacou o vice-prefeito José Aílton Ribeiro, na tarde desta quarta-feira (21), durante a inauguração do Laboratório de Sementes e a Estufa de Mudas Nativas do Projeto “SOS Eco”. A unidade está instalada na Rua Francelino Romão, 100, na Vila Rica.
Realizado numa parceria entre a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e o SOS (Serviço de Obras Sociais), o projeto trabalha educação ambiental e cidadania com os jovens atendidos no Clube do Nais e o Albergue SOS, ambos também em parceria com a administração municipal.
Além disso, com a produção de mudas, o “SOS Eco” vai colaborar com o Plano Municipal de Arborização Urbana, que tem como meta o plantio de 500 mil mudas até 2012. O projeto também conta, desde o seu início, em 2010, com o apoio da Uniso (Universidade de Sorocaba), que forneceu as primeiras sementes para a entidade.
“A nossa cidade está se tornando um polo na produção de mudas. E esse trabalho está sendo realizado junto com a responsabilidade social”, destacou a secretária Jussara de Lima Carvalho, lembrando também do trabalho desenvolvido nos viveiros de mudas do Presídio “Danilo Pinheiro”, no Mineirão. “Um dos problemas para a recuperação de áreas degradadas sempre foi a produção de mudas e em Sorocaba essa questão não existe”, completa.
“Além de fazer com que o jovem trabalhe com a terra, nós queremos despertar o reconhecimento dele na preservação do meio ambiente”, explica o vice-presidente da entidade, Archimedes Alvarenga da Silva.
De acordo com ele, inicialmente a produção da estufa de mudas nativas será de 10 mil mudas, mas a ideia é ampliar. Desse total, 5 mil serão enviados aos viveiros de mudas dos presídios “Danilo Pinheiro” e “Antônio de Souza Neto”, para futuramente serem utilizadas em plantios e para a doação de mudas em eventos da cidade. A contrapartida da Prefeitura é o suporte técnico para a realização do projeto, além de insumos e equipamentos para o laboratório para germinação das sementes.
De acordo com a bióloga Francine Peres, responsável pelo projeto, está em produção 15 espécies nativas na estufa, como o ipê, aroeira-salsa, goiaba, canafístula, entre outras. Outro trabalho será a coleta de sementes nativas da região. Para isso, a Sema e o SOS farão um calendário mensal para uma equipe sair a campo. A ideia é ter pelo menos 90 espécies diferentes.
No laboratório, as sementes recebem um beneficiamento, como, por exemplo, serem lixadas, fervidas ou passarem por uma secagem na estufa. “Cada espécie tem um tratamento diferente”, explica a bióloga Francine. No local, o projeto também mantém uma estufa hidropônica a vaso, com a produção de pepino, berinjela, tomate-cereja, couve, pimentão vermelho e amarelo. Além disso, a entidade trabalha com os adolescentes em oficinas de culinária, reciclagem de papel, produção de sabão com óleo de cozinha, entre outros.
Ângelo Michelin, coordenador do projeto, destaca que todos esses processos de plantio do “SOS Eco” são orgânicos, ou seja, não é utilizado nenhum tipo de agrotóxico. “Passamos esses conceitos para os adolescentes”, explica. Uma parte das hortaliças e verduras produzidas na horta orgânica é utilizada para a alimentação dos próprios jovens atendidos pelos projetos e para a doação dos alimentos para eles e suas famílias.

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